quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Arte Neoclássica ou Acadêmica


NEOCLÁSSICO-1780

O estilo surgiu na França por volta de 1780 a 1820 mais ou menos. A arte neoclássica refletiu as palavras de Edgar Allan “a gloria que foi da Grécia /E a grandeza que foi de Roma”. Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XIX, as descobertas arqueológicas de Pompéia e Herculano reacenderam a imagem do homem racional, da beleza ideal e do científico, apregoados no renascimento, essa retomada da origem uma nova tendência estética o Neoclassicismo ou academicismo, que expressou os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade européia após a Revolução Francesa e principalmente com o Império de Napoleão, este estilo não aceitava as formas voluptuosas e curvas acentuadas do barroco. O estilo neoclássico deveria representar os ideais de Liberdade igualdade fraternidade. Nas regras acadêmicas, como claro e escuro e perspectiva, os pintores e escultores neoclássicos misturavam o passado e o presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, os acontecimentos que precedem a Revolução Francesa, as cenas místicas, históricas e mitológicas. As criações neoclássicas apresentavam harmonia e beleza. Esse belo ideal trouxe a perfeição e a objetividade das linhas acadêmicas, mas limitou a imaginação do artista, que passou a seguir modelos pré-determinados de composição e representação, ensinadas nas academias de arte. Os valores da arte neoclássica era ordem e solenidade, o tom é calmo e racional, os temas eram as histórias romanas e gregas, mitologia e os retratos da burguesia e acontecimentos referentes a revolução francesa, a técnica enfatiza o desenho com linhas , não cor, não a vestígio das pinceladas , o papel da arte era propagar os idéias da revolução,inspirar. O fundador e defensor deste estilo foi Jacques Louis David.
Em 1738 , a mania da arqueologia varreu a Europa , a medida que as escavações da cidade de Pompéia e Herculano ofereceram a primeira visão da arte antiga bem preservada ( quase intacta) Em certos momento a insistência nos modelos gregos e romanos se tornaram ridículos , um exemplo disso foram os discípulos de David que levaram literalmente a serio viver ao estilo grego. Usavam as túnicas curtas , sandálias e banhavam-se no rio Sena , imaginado-se verdadeiros atletas gregos.
Alem disso as ruínas inspiraram a arquitetura . Clones dos templos gregos e romanos multiplicaram pelo Europa e Américas.
Principais características:

• Negavam a arte barroca e seu estilo ornamental;
• Influência do renascimento, da arte grega inspirado pela descobertas da cidades de Pompéia e Herculano soterradas pelo vulcão Vesúvio 57 a.C.
(racionalismo e busca por uma beleza ideal)
• Retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos;
• Academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes;
• Arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles.
• Valorização das ações humanas e expressão de beleza ideal, como se fossem encenações teatrais.

ARQUITETURA
Tanto nas construções civis quanto nas religiosas opunham-se ao estilo barroco das Igrejas Católicas. Realizavam estudos, na antiguidade clássica, para saber quais as proporções ideais de um prédio. Portanto seus modelos eram os templos greco-romanos ou o das edificações do Renascimento italiano. Exemplos dessa arquitetura é a Igreja de Santa Genoveva, transformada depois no Panteão Nacional, em Paris, e a Porta do Brandemburgo, em Berlim. Nas construções predomínio das linhas retas, por frontões triangulares e arcos romanos com grandiosidade e simetrias.


PINTURA
A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição.

Características da pintura:
• Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante;
• Figuras severas, desenhadas em primeiro planos com exatidão nos contornos;
• Harmonia do colorido;
• Linha simétrica;
• Pinceladas eram suaves, pintura polida e composição simples;
• Fundos das cenas incluíam toques romanos (arcos, colunas,).
• Simetria e as linhas retas substituíam as curvas irregulares do barroco;
• Valor maior a técnica de desenho;
Os maiores representantes da pintura neoclássica são:
Jacques-Louis David (1748-1825) - foi considerado o pintor da Revolução Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão. Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Suas obras geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas delas exprimem fortes emoções, porem suas pinturas tem acabamento limpo brilhante, liso como verniz, suas pinceladas não aprecem.
Em "Juramento dos Horários", três irmãos juram derrotar os inimi¬gos ou morrer por Roma. Ilustrando o novo clima (auto - sacrifício) em vez de auto - indulgência . Da mesma maneira como a Republica Francesa derrubou os nobres decadentes, essa pintura marcou uma nova era de estoicismo.
David amigo do radical Robespierre, foi partidário ardoroso da Revolução e votou a fAvor da guilhotina para o rei Luis XVI. Sua arte foi propaganda e prol da republica , com a intenção de eletrificar , disse ele , e plantar as sementes da gloria e da devoção para com a terra paterna. O retrato do líder assassinado, A morte de Marat”, é a sua obra prima . Marat amigo intimo de David , foi um revolucionário radical, que morreu apunhalado por contra –revolução , durante o banho(antes da revolução adquiriu uma doença de pele(psoríase) escondendo-se nos esgotos de Paris, ficava imerso em uma banheira com ervas medicinais.Quando Robespierre , foi guilhotinado , levaram David preso. Mas em vez de perder a cabeça flexível, tornou-se chefe do programa de arte de Napoleão. Mudou-se das composições simples do seu período revolucionário, para pompa e a nobreza das pinturas das conquistas do imperador Napoleão.
Obra destacada: A morte de Marat.

Jean August Dominique Ingres (1780- 1867)- sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua confiança na individualidade. O artista acrescenta uma vértebra a mais em seus nus femininos para alcançar a perfeição.
Obra destacada: Banhista de Valpinçon.

ESCULTURA
Estátuas de heróis uniformizados, mulheres envoltas em túnicas de Afrodite, ou crianças conversando com filósofos, foram os protagonistas da fase inicial da escultura neoclássica. Mais tarde, na época de Napoleão, essa disciplina artística se restringiria às estátuas eqüestres e bustos focalizados na pessoa do imperador. A referência estética foi encontrada na estatuária da antiguidade clássica, por isso as obras possuíam um naturalismo equilibrado.
Respeitavam-se movimentos e posições reais do corpo, embora a obra nunca estivesse isenta de certo realismo psicológico, plasmado na expressão pensativa e melancólica dos rostos. A busca do equilíbrio exato entre naturalismo e beleza ideal ficava evidente nos esboços de terracota, nos quais os volumes e as variações das posições do corpo eram estudados com cuidado. O escultor neoclássico encontrou o dinamismo na sutileza dos gestos e suavidade das formas. Antonio Canova foi o grande mestre das esculturas neoclássicas.
O neoclassicismo teve grande influencia na arquitetura dos Estados Unidos. No Brasil foi o motivo da implantação da Academia Imperial de Artes, que oficializou o ensino das artes plásticas,em 1816, abrindo espaço para artistas acadêmicos importantes como Vitor Meireles e Pedro Alexandrino.

Para seu conhecimento
Forte influência da arquitetura neoclássica foi à descoberta arqueológica de Pompéia. Diante daquelas construções, num erro de interpretação, os historiadores de arte acreditavam que os edifícios gregos eram recobertos com mármore branco, ocasionando a construção de tantos edifícios brancos. Exemplo: Casa Branca dos Estados Unidos.




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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Arte Barroca

O estilo barroco e a Contra-Reforma O termo barroco costuma designar o estilo artístico que floresceu na Europa entre o final do Século 16 e meados do Século 18. O aparecimento dos ideais barrocos parece intimamente ligado à Contra-Reforma Católica. Apesar de ter sido um estilo internacional, percebemos sua maior força entre países como a Itália, Espanha e Áustria, não tendo atingido muito os países protestantes como a Inglaterra.
Contexto histórico
O barroco se desenvolve no seguinte contexto histórico: após o processo de Reformas Religiosas, ocorrido no século XVI, a Igreja Católica havia perdido muito espaço e poder. Mesmo assim, os católicos continuavam influenciando muito o cenário político, econômico e religioso na Europa. A arte barroca surge neste contexto e expressa todo o contraste deste período: a espiritualidade e teocentrismo da Idade Média com o racionalismo e antropocentrismo do Renascimento. Os artistas barrocos foram patrocinados pelos monarcas, burgueses e pelo clero. As obras de pintura e escultura deste período são rebuscadas, detalhistas e expressam as emoções da vida e do ser humano.
A palavra barroco tem um significado que representa bem as características deste estilo. Significa " pérola irregular" ou "pérola deformada" e representa de forma pejorativa a idéia de irregularidade.

O período final do barroco (século XVIII) é chamado de rococó e possui algumas peculiaridades, embora as principais características do barroco estão presentes nesta fase. No rococó existe a presença de curvas e muitos detalhes decorativos (conchas, flores, folhas, ramos). Os temas relacionados à mitologia grega e romana, além dos hábitos das cortes também aparecem com freqüência. Regional, individual e subjetivo Além disso, o barroco apresenta características regionais nas diferentes localidades em que se desenvolveu. A personalidade forte de alguns artistas do período também é um grande diferencial dentro desse estilo artístico que deixava campo aberto à subjetividade. Suas principais características são a teatralidade das obras, o dinamismo, a urgência, o conflito e o forte apelo emocional. Na busca da emoção, para provocar o observador, o artista abusa da verossimilhança das cenas retratadas, daí a importância também na observação da natureza. O artista para atingir esses efeitos lança mão principalmente de cores, texturas, jogos de luz e sombra, diagonais e curvas, bem como o domínio do uso do espaço. Os temas místicos e os tirados da vida cotidiana são freqüentes no período. Pintura, escultura e arquitetura entrelaçadas uma à outra A questão da harmonia também é importante para o barroco. Entretanto, ela é vista numa obra de forma diferente do renascimento. Para o renascentista, a harmonia do todo era garantida por cada detalhe da obra em perfeito equilíbrio, cada detalhe separadamente como um todo harmônico. Já para o barroco, a harmonia do conjunto é mais importante, a fusão harmônica dos diferentes componentes de um trabalho. A harmonia individual pode ser sacrificada em nome da harmonia do todo. Além disso, essa valorização da unidade geral, entrelaçou muito a arquitetura com a escultura e com a pintura. O ideal das construções passou a ser o do inter-relacionamento desses elementos, dialogando harmonicamente para o bem do conjunto. No geral, o Barroco é um clássico rebelde O Barroco surgiu na Itália, aproveitando-se de alguns elementos renascentistas e transformando-os. O renascimento italiano influenciou sobremaneira a arte posterior. Costuma-se dizer que vivíamos o estilo renascentista de construção, por exemplo, quase até o Século 20, com a entrada em cena do modernismo. O barroco também se inspira, em certo sentido, na arquitetura clássica. Mas recebe esse nome pelos críticos do período (com o significado de grotesco) exatamente por não respeitar as combinações e a utilização dos gregos e romanos. Apesar de utilizar-se de formas naturalistas, não se pode dizer que seja uma mera continuação do renascimento. O artista era religioso, mas independente da religião A Espanha foi um dos países que mais desenvolveu esse estilo que se espalhou pela Europa. Além disso, importante no período é o fato do mecenato sair das mãos da Igreja para concentrar-se na aristocracia. O homem barroco é um ser dividido, em conflito, repleto de energia e extremamente místico. Os artistas da época expressavam essa energia e suas convicções espirituais em suas obras. Um bom exemplo disso é a figura de Bernini. Entretanto, Rubens é considerado um dos maiores expoentes do movimento. O italiano Caravaggio também é extremamente importante, com influência por várias partes da Europa.
BARROCO EUROPEU

As obras dos artistas barrocos europeus valorizam as cores, as sombras e a luz, e representam os contrates. As imagens não são tão centralizadas quanto as renascentistas e aparecem de forma dinâmica, valorizando o movimento. Os temas principais são : mitologia, passagens da Bíblia e a história da humanidade. As cenas retratadas costumam ser sobre a vida da nobreza, o cotidiano da burguesia, naturezas-mortas entre outros. Muitos artistas barrocos dedicaram-se a decorar igrejas com esculturas e pinturas, utilizando a técnica da perspectiva. As esculturas barrocas mostram faces humanas marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento. Os traços se contorcem, demonstrando um movimento exagerado. Predominam nas esculturas as curvas, os relevos e a utilização da cor dourada. Podemos citar como principais artistas do barroco: o espanhol Velásquez, o italiano Caravaggio, os belgas Van Dyck e Frans Hals, os holandeses Rembrandt e Vermeer e o flamengo Rubens
Fontes: Enciclopédia Digital Masterhttp://www.suapesquisa.com/barroco/

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