quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Impressionismo é um movimento artístico surgido na França no século XIX que criou uma nova visão conceitual da natureza utilizando pinceladas soltas dando ênfase na luz e no movimento. Geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as nuances da luz e da natureza.
Os impressionistas retratam em suas telas os reflexos e efeitos que a luz do sol produz nas cores da natureza. A fonte das cores estava nos raios do sol. Uma mudança no ângulo destes raios implica na alteração de cores e tons. É comum um mesmo motivo ser retratado diversas vezes no mesmo local, porém com as variações causadas pela mudanças nas horas do dia e nas estações ao longo do ano. 
Retratam em suas telas os reflexos e efeitos que a luz do sol produz nas cores da natureza. A fonte das cores estava nos raios do sol. Uma mudança no ângulo destes raios implica na alteração de cores e tons. É comum um mesmo motivo ser retratado diversas vezes no mesmo local, porém com as variações causadas pela mudanças nas horas do dia e nas estações ao longo do ano. 

Características do impressionismo nas artes plásticas:
- Ênfase nos temas da natureza, principalmente de paisagens;
- Uso de técnicas de pintura que valorização a ação da luz natural;
- Valorização da decomposição das cores;
- Pinceladas soltas buscando os movimentos da cena retratada;
- Uso de efeitos de sombras coloridas e luminosas.
Principais características da pintura:
 * A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
 * As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
 * As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
 * Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
 * As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.
A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura. 

O grande legado que esses pintores nos deixaram vai muito além de captar as impressões óticas da luz e sua incidência sobre a paisagem.
Perfeitos conhecedores da técnica de pintar, utilizaram o estudo sobre a ótica para ingressar nos domínios imensos da Psicologia e do Surrealismo.
Os pintores, liderados por Monet defendiam:
- o objeto não tem cor específica; sobre sua superfície há uma vibração mais ou menos rápida da luz, que dá a sensação de cor.
- Forma e cor são ilusões coexistentes : dois processos sumários de que se vale o nosso espírito para apreciar o mistério da vida.
- A cor pura seria reduzida ao espectro solar; a forma pura a uma abstração geométrica.
Contemplando uma forma, nossa imaginação envolve-a num traço inexistente.
-o véu diáfano da atmosfera torna-se essencial para a pintura, pois está carregado de luz.
-A sombra não é uma superfície escura e pardacenta com ausência de luz, mas uma área com colorido específico, com outros valores.
-As cores na sombra alteram-se por refração. Cada objeto que receba luz, distribui luz e colorido aos outros objetos próximos.
riqueza do colorido e suas gradações são obtidos através de toques justapostos de cores fundamentais, deixando que a mistura se processe ilusoriamente à distância, tal como acontece na natureza.
O Impressionismo é a valorização total da cor - elemento tipicamente emotivo - e o abandono do contorno, da forma e do volume. Essa concepção foi levada ao extremo pelos pós-impressionistas, divisionistas ou pontilhistas como Seurat e Signac.
Os principais representantes do grupo foram Monet, Manet, Renoir, Camile Pissaro, Alfred Sisley, Vincent Van Gogh, Degas, Cézanne, Caillebotte, Mary Cassatt, Boudin (professor de Monet), Morisot, dentre outros

PÓS IMPRESSIONISMO
Como o nome indica, o pós-impressionismo foi a expressão artística utilizada para definir a pintura e, posteriormente, a escultura no final do impressionismo, por volta de 1885, marcando também o início do cubismo, já no início do século XX. O pós-impressionismo designa-se por um grupo de artistas e de movimentos diversos onde se seguiram as suas tendências para encontrar novos caminhos para a pintura. Estes, acentuaram a pintura nos seus valores específicos – a cor e bidimensionalidade.
A maioria de seus artistas iniciou-se como impressionista, partindo daí para diversas tendências distintas. Chamavam-se genericamente pós-impressionistas os artistas que não mais representavam fielmente os preceitos originais do impressionismo, ainda que não tenham se afastado muito dele ou estejam agrupados formalmente em novos grupos. Sentindo-se limitados e insatisfeitos pelo estilo impressionista, alguns jovens artistas queriam ir mais além, ultrapassar a Revolução de Manet. Aí se encontra a gênese do novo movimento, que não buscava destrir os valores do grande mestre, e sim aprimorá-los. Insurge-se contra o impressionismo devido à sua superficialidade ilusionista da análise à realidade.
Movimentos impressionistas como o Pontilhismo ou o Divisionismo nunca são chamados pós-impressionistas mas sim de neo-impressionistas.
Os pintores mais consagrados desta época foram:

Fonte: www.historiadaarte.com.br
           www.suapesquisa.com.br
           www.wikipédia.com.br
           www.maguetas.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Arte Neoclássica ou Acadêmica


NEOCLÁSSICO-1780

O estilo surgiu na França por volta de 1780 a 1820 mais ou menos. A arte neoclássica refletiu as palavras de Edgar Allan “a gloria que foi da Grécia /E a grandeza que foi de Roma”. Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XIX, as descobertas arqueológicas de Pompéia e Herculano reacenderam a imagem do homem racional, da beleza ideal e do científico, apregoados no renascimento, essa retomada da origem uma nova tendência estética o Neoclassicismo ou academicismo, que expressou os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade européia após a Revolução Francesa e principalmente com o Império de Napoleão, este estilo não aceitava as formas voluptuosas e curvas acentuadas do barroco. O estilo neoclássico deveria representar os ideais de Liberdade igualdade fraternidade. Nas regras acadêmicas, como claro e escuro e perspectiva, os pintores e escultores neoclássicos misturavam o passado e o presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, os acontecimentos que precedem a Revolução Francesa, as cenas místicas, históricas e mitológicas. As criações neoclássicas apresentavam harmonia e beleza. Esse belo ideal trouxe a perfeição e a objetividade das linhas acadêmicas, mas limitou a imaginação do artista, que passou a seguir modelos pré-determinados de composição e representação, ensinadas nas academias de arte. Os valores da arte neoclássica era ordem e solenidade, o tom é calmo e racional, os temas eram as histórias romanas e gregas, mitologia e os retratos da burguesia e acontecimentos referentes a revolução francesa, a técnica enfatiza o desenho com linhas , não cor, não a vestígio das pinceladas , o papel da arte era propagar os idéias da revolução,inspirar. O fundador e defensor deste estilo foi Jacques Louis David.
Em 1738 , a mania da arqueologia varreu a Europa , a medida que as escavações da cidade de Pompéia e Herculano ofereceram a primeira visão da arte antiga bem preservada ( quase intacta) Em certos momento a insistência nos modelos gregos e romanos se tornaram ridículos , um exemplo disso foram os discípulos de David que levaram literalmente a serio viver ao estilo grego. Usavam as túnicas curtas , sandálias e banhavam-se no rio Sena , imaginado-se verdadeiros atletas gregos.
Alem disso as ruínas inspiraram a arquitetura . Clones dos templos gregos e romanos multiplicaram pelo Europa e Américas.
Principais características:

• Negavam a arte barroca e seu estilo ornamental;
• Influência do renascimento, da arte grega inspirado pela descobertas da cidades de Pompéia e Herculano soterradas pelo vulcão Vesúvio 57 a.C.
(racionalismo e busca por uma beleza ideal)
• Retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos;
• Academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes;
• Arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles.
• Valorização das ações humanas e expressão de beleza ideal, como se fossem encenações teatrais.

ARQUITETURA
Tanto nas construções civis quanto nas religiosas opunham-se ao estilo barroco das Igrejas Católicas. Realizavam estudos, na antiguidade clássica, para saber quais as proporções ideais de um prédio. Portanto seus modelos eram os templos greco-romanos ou o das edificações do Renascimento italiano. Exemplos dessa arquitetura é a Igreja de Santa Genoveva, transformada depois no Panteão Nacional, em Paris, e a Porta do Brandemburgo, em Berlim. Nas construções predomínio das linhas retas, por frontões triangulares e arcos romanos com grandiosidade e simetrias.


PINTURA
A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição.

Características da pintura:
• Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante;
• Figuras severas, desenhadas em primeiro planos com exatidão nos contornos;
• Harmonia do colorido;
• Linha simétrica;
• Pinceladas eram suaves, pintura polida e composição simples;
• Fundos das cenas incluíam toques romanos (arcos, colunas,).
• Simetria e as linhas retas substituíam as curvas irregulares do barroco;
• Valor maior a técnica de desenho;
Os maiores representantes da pintura neoclássica são:
Jacques-Louis David (1748-1825) - foi considerado o pintor da Revolução Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão. Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Suas obras geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas delas exprimem fortes emoções, porem suas pinturas tem acabamento limpo brilhante, liso como verniz, suas pinceladas não aprecem.
Em "Juramento dos Horários", três irmãos juram derrotar os inimi¬gos ou morrer por Roma. Ilustrando o novo clima (auto - sacrifício) em vez de auto - indulgência . Da mesma maneira como a Republica Francesa derrubou os nobres decadentes, essa pintura marcou uma nova era de estoicismo.
David amigo do radical Robespierre, foi partidário ardoroso da Revolução e votou a fAvor da guilhotina para o rei Luis XVI. Sua arte foi propaganda e prol da republica , com a intenção de eletrificar , disse ele , e plantar as sementes da gloria e da devoção para com a terra paterna. O retrato do líder assassinado, A morte de Marat”, é a sua obra prima . Marat amigo intimo de David , foi um revolucionário radical, que morreu apunhalado por contra –revolução , durante o banho(antes da revolução adquiriu uma doença de pele(psoríase) escondendo-se nos esgotos de Paris, ficava imerso em uma banheira com ervas medicinais.Quando Robespierre , foi guilhotinado , levaram David preso. Mas em vez de perder a cabeça flexível, tornou-se chefe do programa de arte de Napoleão. Mudou-se das composições simples do seu período revolucionário, para pompa e a nobreza das pinturas das conquistas do imperador Napoleão.
Obra destacada: A morte de Marat.

Jean August Dominique Ingres (1780- 1867)- sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua confiança na individualidade. O artista acrescenta uma vértebra a mais em seus nus femininos para alcançar a perfeição.
Obra destacada: Banhista de Valpinçon.

ESCULTURA
Estátuas de heróis uniformizados, mulheres envoltas em túnicas de Afrodite, ou crianças conversando com filósofos, foram os protagonistas da fase inicial da escultura neoclássica. Mais tarde, na época de Napoleão, essa disciplina artística se restringiria às estátuas eqüestres e bustos focalizados na pessoa do imperador. A referência estética foi encontrada na estatuária da antiguidade clássica, por isso as obras possuíam um naturalismo equilibrado.
Respeitavam-se movimentos e posições reais do corpo, embora a obra nunca estivesse isenta de certo realismo psicológico, plasmado na expressão pensativa e melancólica dos rostos. A busca do equilíbrio exato entre naturalismo e beleza ideal ficava evidente nos esboços de terracota, nos quais os volumes e as variações das posições do corpo eram estudados com cuidado. O escultor neoclássico encontrou o dinamismo na sutileza dos gestos e suavidade das formas. Antonio Canova foi o grande mestre das esculturas neoclássicas.
O neoclassicismo teve grande influencia na arquitetura dos Estados Unidos. No Brasil foi o motivo da implantação da Academia Imperial de Artes, que oficializou o ensino das artes plásticas,em 1816, abrindo espaço para artistas acadêmicos importantes como Vitor Meireles e Pedro Alexandrino.

Para seu conhecimento
Forte influência da arquitetura neoclássica foi à descoberta arqueológica de Pompéia. Diante daquelas construções, num erro de interpretação, os historiadores de arte acreditavam que os edifícios gregos eram recobertos com mármore branco, ocasionando a construção de tantos edifícios brancos. Exemplo: Casa Branca dos Estados Unidos.




www.marcelinochampagnat.com.br/materialprof/.../artetxt2.doc?.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Arte Barroca

O estilo barroco e a Contra-Reforma O termo barroco costuma designar o estilo artístico que floresceu na Europa entre o final do Século 16 e meados do Século 18. O aparecimento dos ideais barrocos parece intimamente ligado à Contra-Reforma Católica. Apesar de ter sido um estilo internacional, percebemos sua maior força entre países como a Itália, Espanha e Áustria, não tendo atingido muito os países protestantes como a Inglaterra.
Contexto histórico
O barroco se desenvolve no seguinte contexto histórico: após o processo de Reformas Religiosas, ocorrido no século XVI, a Igreja Católica havia perdido muito espaço e poder. Mesmo assim, os católicos continuavam influenciando muito o cenário político, econômico e religioso na Europa. A arte barroca surge neste contexto e expressa todo o contraste deste período: a espiritualidade e teocentrismo da Idade Média com o racionalismo e antropocentrismo do Renascimento. Os artistas barrocos foram patrocinados pelos monarcas, burgueses e pelo clero. As obras de pintura e escultura deste período são rebuscadas, detalhistas e expressam as emoções da vida e do ser humano.
A palavra barroco tem um significado que representa bem as características deste estilo. Significa " pérola irregular" ou "pérola deformada" e representa de forma pejorativa a idéia de irregularidade.

O período final do barroco (século XVIII) é chamado de rococó e possui algumas peculiaridades, embora as principais características do barroco estão presentes nesta fase. No rococó existe a presença de curvas e muitos detalhes decorativos (conchas, flores, folhas, ramos). Os temas relacionados à mitologia grega e romana, além dos hábitos das cortes também aparecem com freqüência. Regional, individual e subjetivo Além disso, o barroco apresenta características regionais nas diferentes localidades em que se desenvolveu. A personalidade forte de alguns artistas do período também é um grande diferencial dentro desse estilo artístico que deixava campo aberto à subjetividade. Suas principais características são a teatralidade das obras, o dinamismo, a urgência, o conflito e o forte apelo emocional. Na busca da emoção, para provocar o observador, o artista abusa da verossimilhança das cenas retratadas, daí a importância também na observação da natureza. O artista para atingir esses efeitos lança mão principalmente de cores, texturas, jogos de luz e sombra, diagonais e curvas, bem como o domínio do uso do espaço. Os temas místicos e os tirados da vida cotidiana são freqüentes no período. Pintura, escultura e arquitetura entrelaçadas uma à outra A questão da harmonia também é importante para o barroco. Entretanto, ela é vista numa obra de forma diferente do renascimento. Para o renascentista, a harmonia do todo era garantida por cada detalhe da obra em perfeito equilíbrio, cada detalhe separadamente como um todo harmônico. Já para o barroco, a harmonia do conjunto é mais importante, a fusão harmônica dos diferentes componentes de um trabalho. A harmonia individual pode ser sacrificada em nome da harmonia do todo. Além disso, essa valorização da unidade geral, entrelaçou muito a arquitetura com a escultura e com a pintura. O ideal das construções passou a ser o do inter-relacionamento desses elementos, dialogando harmonicamente para o bem do conjunto. No geral, o Barroco é um clássico rebelde O Barroco surgiu na Itália, aproveitando-se de alguns elementos renascentistas e transformando-os. O renascimento italiano influenciou sobremaneira a arte posterior. Costuma-se dizer que vivíamos o estilo renascentista de construção, por exemplo, quase até o Século 20, com a entrada em cena do modernismo. O barroco também se inspira, em certo sentido, na arquitetura clássica. Mas recebe esse nome pelos críticos do período (com o significado de grotesco) exatamente por não respeitar as combinações e a utilização dos gregos e romanos. Apesar de utilizar-se de formas naturalistas, não se pode dizer que seja uma mera continuação do renascimento. O artista era religioso, mas independente da religião A Espanha foi um dos países que mais desenvolveu esse estilo que se espalhou pela Europa. Além disso, importante no período é o fato do mecenato sair das mãos da Igreja para concentrar-se na aristocracia. O homem barroco é um ser dividido, em conflito, repleto de energia e extremamente místico. Os artistas da época expressavam essa energia e suas convicções espirituais em suas obras. Um bom exemplo disso é a figura de Bernini. Entretanto, Rubens é considerado um dos maiores expoentes do movimento. O italiano Caravaggio também é extremamente importante, com influência por várias partes da Europa.
BARROCO EUROPEU

As obras dos artistas barrocos europeus valorizam as cores, as sombras e a luz, e representam os contrates. As imagens não são tão centralizadas quanto as renascentistas e aparecem de forma dinâmica, valorizando o movimento. Os temas principais são : mitologia, passagens da Bíblia e a história da humanidade. As cenas retratadas costumam ser sobre a vida da nobreza, o cotidiano da burguesia, naturezas-mortas entre outros. Muitos artistas barrocos dedicaram-se a decorar igrejas com esculturas e pinturas, utilizando a técnica da perspectiva. As esculturas barrocas mostram faces humanas marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento. Os traços se contorcem, demonstrando um movimento exagerado. Predominam nas esculturas as curvas, os relevos e a utilização da cor dourada. Podemos citar como principais artistas do barroco: o espanhol Velásquez, o italiano Caravaggio, os belgas Van Dyck e Frans Hals, os holandeses Rembrandt e Vermeer e o flamengo Rubens
Fontes: Enciclopédia Digital Masterhttp://www.suapesquisa.com/barroco/

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Funções da Arte
Você já parou para pensar porque se transforma barro em objetos, pinta-se um pedaço de tecido com tintas extraídas da natureza ou ainda requebra-se o corpo?
Andando pelas ruas de sua cidade, você passa por uma praça e vê uma escultura, em um edifício vê um mural de azulejos ou de pintura, em uma igreja vê um mosaico ou um vitral colorido. Se você é observador, sensível, com certeza gosta de ficar olhando para tudo isso. Essas formas, diferentemente dos objetos utilitários que se usa no dia-a-dia, têm função de encantar, de provocar a reflexão e admiração, de proporcionar prazer e emoção. Essas sensações são despertadas por um conjunto de elementos: a imaginação do artista, a composição, a cor, a textura, a forma, a harmonia e a qualidade da idéia.
Observamos então, que, a Arte tem diversas funções na vida do homem.
Uma das funções tem como finalidade possibilitar os processos de percepção, sensibilidade, cognição, expressão e criação fazendo que o homem se desenvolva em todos os aspectos, ela é uma função individual trabalhando com o próprio eu.
Como função social podemos perceber a arte como uma linguagem que ultrapassa a função da comunicação simples e pura, pois transmite idéias, os sentimentos e as informações que transformam as idéias, os sentimentos e as informações já existentes influenciando culturalmente o meio fazendo assim uma interação homem e sociedade.
Existe também a função ambiental cuja alfabetização estética, leva o homem a observar o meio que o cerca, reconhecendo a organização de suas formas, luzes e cores, suas harmonias e desequilíbrios, a sua estrutura natural, bem como a construída. O homem transforma a natureza com o seu trabalho.
Arte é matéria transformada, concreta, ocupa lugar no espaço.
Assim as manifestações artísticas de uma sociedade numa determinada época é a maneira como os homens nela vivem e pensam. Na roupa, nos edifícios, na literatura, estão inscritos os valores da sociedade, seus hábitos e sua mentalidade. Sendo a arte a passagem direta de uma tendência nascida de uma raça, modificados pelo clima social e pelo momento histórico, a sua função é manifestar as qualidades étnicas e psíquicas dos povos e condensar os aspectos significativos das etapas da evolução da humanidade.
Em muitas sociedades, a arte é utilizada como forma de homenagear os deuses, ou seja, está ligada à religião. Observe como as igrejas, os templos e os túmulos são locais em que a arte se manifesta em todos os tempos. Indumentárias, objetos que são usados em rituais, instrumentos musicais, adereços, imagens, completam os cenários das cerimônias religiosas.
Em outras culturas e épocas, a arte surge, independentemente de religião, unicamente como forma de expressão para quem produz, e como oportunidade de experiência especial para quem aprecia. Qualquer que seja sua direção, a arte está em toda parte e é um elemento definidor da identidade de um povo, de um grupo social e de um indivíduo. ATIVIDADE:
Represente em linguagem visual a música abaixo:
“Lindo Balão Mágico”
Guilherme Arantes
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um cientista o meu papo é futurista é lunático
Eu vivo sempre no mundo da lua
Tenho alma de artista sou um gênio sonhador e romântico
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou aventureiro e desde o meu primeiro passo no infinito
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou inteligente e se você quer vir com a gente venha que será um barato
Pegar carona nessa cauda de cometa, ver a via Láctea estrada tão bonita
Brincar de esconde,esconde numa nebulosa
Voltar pra casa nosso lindo balão azul.
Estética
Será que vale a pena mesmo iniciar essa discussão e retomar esse debate que tem ocupado filósofos e historiadores desde a Antiguidade?
Há algo de novo a dizer sobre isto? Nós acreditamos que sim, afinal vivemos numa época em que as questões de estética -da natureza e dos valores do belo- estão na ordem do dia. Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural por um cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e principalmente imagens. E, se temos que conviver diariamente com essa produção infinita, melhor será aprendermos a avaliar essa paisagem, sua função, sua forma e seu conteúdo, o que exige
o uso de nossa sensibilidade estética. Só assim poderemos deixar de ser observadores passivos para nos tornarmos espectadores críticos, participantes e exigentes.
Além disso, as atividades profissionais da atualidade exigem cada vez mais um certo conhecimento geral do mundo e uma sensibilidade aguçada para entendê-lo. O campo das Artes se abre e invade o espaço das mais diversas atividades.
Para se ter uma idéia da amplitute das novidades que as questões de arte enfrentam hoje, é preciso mencionar que as novas teorias psicológicas sobre a inteligência humana mostram que ela é muito mais complexa do que se pensava. Além da capacidade de raciocínio lógico que sempre caracterizou nossa inteligência, descobriu-se também que uma de nossas habilidades inteligentes pode ser medida pela sensibilidade em relação ás cores, aos sons e as imagens e pela capacidade de nos expressarmos por meio desses elementos.
Mesmo com certas limitações, o homem é o único ser na terra que tem capacidade estética e daí se infere que a apreciação da beleza é uma experiência somente humana. A natureza em si mesma não é nem feia nem bonita. Ela apenas existe. O homem quando contempla uma paisagem, uma planta, uma flor ou uma aurora admira sua organização, sua exatidão, as leis que a regem, de acordo com sua evolução intelectual e a elas, de certa maneira, se incorpora. Esta inserção é o que chamamos de estética.
O prazer que produz a contemplação das coisas naturais é a “emoção” estética. Podemos combinar ou reunir coisas naturais, criando uma obra artística, mas o belo nessa composição é fruto de nossa participação.
§ O que caracteriza a Estética não é simplesmente o estudo do Belo. Os filósofos antigos trataram do assunto, empregando a noção de Beleza. Mais próxima do sentimento do que da razão a visão interior constitui, para Addison (1672-1719), uma faculdade inata, específica, que é privilégio da espécie e que permite ao homem deleitar-se com o reconhecimento do belo. Mas o que é então, o Belo?
É uma sensação de prazer ao olharmos um objeto, uma tela, ao ouvirmos uma música, ou uma cena teatral nos desperta esse tipo de emoção que podemos denominá-la de manifestação artística.
O prazer do belo depende também de nosso estado de espírito. Se estamos alegres, ficamos mais sensíveis ás obras de arte que nos transmitem alegria. Se, ao contrário, estamos tristes, nos emocionamos mais com as músicas ou imagens que parecem estar sintonizadas conosco, reproduzindo nosso humor ou nossas emoções.
A beleza não é um valor universal, o que é belo para você pode não ser para o outro, de outra idade, outra cultura, outro sexo ou outro temperamento. Aquilo que o emociona num determinado dia, pode não parecer tão belo alguns dias depois, quando você estiver com outro estado de espírito, ou tiver visto ou ouvido outras coisas.
A melhor maneira de se apreciar a arte, é estar atento para o prazer que ela dá e tentar perceber o que o causa e de onde vem esse prazer. Tornamo-nos então conscientes da beleza e daquilo com o que nos identificamos cultural e emocionalmente, isto é, tornamo-nos conscientes do nosso gosto.
A própria História da Arte, procurando definir os diversos movimentos estéticos , tem posto em evidência a variabilidade dos princípios estéticos e das tendências dos artistas de uma época para outra.
É preciso, portanto, que o público se deixe emocionar e aprenda a distinguir o que aprecia e por quê. Além disso, se compreendermos que cada um tem sua sensibilidade, não ficaremos escandalizados com as preferências do outro e aprenderemos a respeitar os gostos que são diferentes.
Dê uma definição de Estética:
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Crítica
Em jornalismo, crítica é uma função de comentário sobre determinado tema, geralmente da esfera artística ou cultural, com o propósito de informar o leitor sob uma perspectiva não só descritiva, mas também de avaliação.
A crítica é feita pelo crítico, jornalista ou profissional especializado da área, que entra em contato com o produto a ser criticado e redige matérias ou artigos apresentando uma valoração do objeto analisado. Em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas também deve apresentar descrição de aspectos objetivos que dêem sustentação a seus argumentos.
Críticos costumam encerrar suas matérias atribuindo notas ou conceitos (como estrelas, pontos ou bonequinhos) ao produto criticado.
Normalmente, empresas que produzem ou comercializam esses produtos oferecem-nos gratuitamente ao crítico e o convidam a escrever comentários e matérias sobre os mesmos. Não é raro, porém, que estas companhias tentem cooptar o crítico para obter avaliações positivas, às vezes ofertando presentes e outras barganhas ao jornalista, o que envolve uma questão ética por parte dos profissionais envolvidos. O tipo mais comum de crítica é a Crítica Cultural, embora a rigor haja também críticas a todo tipo de produto ou serviço disponibilizado ao público. De acordo com sua credibilidade e com o grau de fervorosidade com que elogiam ou depreciam uma obra, críticos podem alavancar ou destruir carreiras de muitos profissionais.
Extraídas do “Citador!, uma pequena seleção de citações sobre Crítica de Arte.
Pensar antes de falar é o lema do crítico. Falar antes de pensar é o lema do criador
Fonte: “Two Cheers for Democracy”
Autor: Forster,Edward
Um crítico é alguém que conhece a Estrada mas não sabe conduzir
Autor:Tynan,Katherine Os críticos freqüentemente são pessoas que teriam sido poetas, historiadores, biógrafos, etc., se tivessem podido: colocaram o seu talento à prova aqui e ali e não conseguiram. Sendo assim, tornaram-se críticos
Fonte: “Lectures on Shakespeare and Milton”
Autor: Coleridge, Samuel
Será mais fácil criticar a minha obra do que imitá-la
Fonte: “citado em Plínio, o Velho< História Natural” Autor:Zéuxis De todos os ressentimentos, creio que o maior seja aquele de um homem que saiba fazer a sua arte com perfeição e seja censurado e avaliado por quem não sabe absolutamente nada Fonte: “ L’Osservatore Veneto Autor: Gozzi, Gaspar A crítica de arte foi se desenvolvendo enquanto os homens aprendiam a explorar e a utilizar a sua percepção estética, que esteve sempre relacionada de alguma maneira a julgamentos do tipo “gostei”, “não gostei”, “é belo”... Isso vale tanto para o julgamento subjetivo do público em geral como para a crítica profissional especializada. Foi na Grécia, por volta do século III a.C., que surgiram os primeiros estudos sobre estética e arte, procurando orientar e educar artistas e público. Era uma crítica de caráter filosófico, que buscava explicar a natureza do fazer artístico e ao mesmo tempo, estabelecer as regras da boa arte. A crítica de arte é importante por provocar uma convergência de gostos e critérios de apreciação artística, fazendo com que certos aspectos pessoais e subjetivos se tornem coletivos à medidas que passem a ser compartilhados. Os comentários do outro sempre ajudam o desenvolvimento de nossa sensibilidade, chamando a atenção muitas vezes para elementos novos e diferentes, quer concordemos com eles ou não. Cada crítico terá um julgamento particular de uma obra, é seu direito e dever de profissão, pois os critérios são diferentes, mas o verdadeiro crítico de arte saberá que a finalidade da arte é a beleza. Só ela agrada internacionalmente. Lionello Venturi, estudioso de crítica de arte, afirma que “uma preferência é sempre o começo de uma crítica”. Essa preferência, essa atitude crítica, é justamente a expressão dos sentimentos que nos despertam a obra de arte, elemento indispensável da fruição estética.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009


ENTENDENDO A ARTE
O QUE É A ARTE?
Para que serve a Arte? O que significa? Que contribuições traz?
Para alguns, a arte concretiza-se na música que gostam de ouvir, tocar ou cantar; na dança que os faz felizes; na personagem com a qual se identificam, em uma peça de teatro; na pintura, na produção plástica que elaboram; na imagem na qual seus olhos passeiam e os leva a dialogar com o que estão vendo; na fruição, na apreciação das manifestações artísticas de que gostam. Para outros, talvez signifique algo que não consigam expressar e talvez até não signifique nada.
Poderíamos definir a palavra arte como “manifestação da atividade humana por meio da qual se expressa uma visão pessoal e desinteressada que interpreta o real ou o imaginário com recursos plásticos, lingüísticos ou sonoros”.O mundo da Arte é concreto e vivo podendo ser observado, compreendido e apreciado.
Através da experiência artística o ser humano desenvolve sua imaginação e criação aprendendo a conviver com seus semelhantes, respeitando as diferenças e sabendo modificar a sua realidade.
A arte dá e encontra forma e significado como instrumento de vida na busca do entendimento de quem somos, onde estamos e o que fazemos no mundo.
O ser humano sempre procurou representar, por meio de imagens, a realidade em que vive( pessoas, animais, objetos e elementos da natureza), e os seres que imagina – divindades, por exemplo. As Artes Visuais, desenho, pintura, grafite, escultura, etc. – a literatura, a música, a dança e o teatro são formas de expressão que constituem a arte.
A arte é uma criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc.
Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Atualmente alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra.


Pensando sobre Arte - Responda:

-Você sabe o que é arte e para que ela serve? Fale sobre o tema!
-Você vive rodeado de imagens. Olhando uma imagem você já ficou na dúvida se ela era ou não uma obra de Arte? Qual era essa imagem?
-Você sabe diferenciar um cartaz de peça de teatro com uma pintura em tela como sendo Arte?
-Em sua casa, procure em revistas, recorte e faça uma colagem de imagens que você considera como sendo Arte.

Para podermos responder a muitas perguntas sobre o assunto devemos, antes de mais nada, saber que Arte é conhecimento.

As primeiras expressões artísticas
As mais antigas figuras feitas pelo ser humano foram desenhadas em paredes de rocha, sobretudo em cavernas. Esse tipo de arte é chamado de rupestre, do latim rupes, rocha. Já foram encontradas imagens rupestres em muitos locais, mas as mais estudadas são as das cavernas de Lascaux e Chauvet, França, de Altamira, Espanha, de Tassili, na região do Saara, África, e as do município de São Raimundo Nonato, no Piauí, Brasil.
Dentre as pinturas rupestres destacam-se as chamadas mãos em negativo e os desenhos e pinturas de animais. As mãos em negativo são um dos primeiros registros deixados pelos nossos ancestrais que viveram por volta de 30 mil anos atrás, no período da Pré-História chamado de Paleolítico.
Nos desenhos e pinturas de animais, chama nossa atenção o naturalismo: o artista pintava o animal do modo que ele o via, reproduzindo a natureza tal qual seus olhos a captavam.
Conhecendo mais sobre a Arte:
Dentre os possíveis e variados conceitos que a arte pode ter podemos sintetizá-los do seguinte modo – a arte é uma experiência humana de conhecimento estético que transmite e expressa idéias e emoções na forma de um objeto artístico (desenho, pintura, escultura, arquitetura, etc.)e que possui em si o seu próprio valor. Portanto, para apreciarmos a arte é necessário aprender sobre ela. Aprender a observar, a analisar, a refletir, a criticar e a emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos, materiais e modos diferentes de fazer arte.
Quem faz a arte?
O homem criou objetos para satisfazer as necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Porque o mundo necessita de Arte?
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo (naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a história, para ser usada na cura de doenças e para ajudar a explorar o mundo.
Como entendemos a Arte?
O que vemos quando admiramos uma arte depende de nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.
Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?
Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde e como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo teve.
Para existir a arte são precisos três elementos: o artista, o observador e a obra de arte.
O primeiro elemento é o artista, aquele que cria a obra, partindo do seu conhecimento concreto, abstrato e individual transmitindo e expressando suas idéias, sentimentos, emoções em um objeto artístico (pintura, escultura, desenho etc) que simbolize esses conceitos. Para criar a obra o artista necessita conhecer e experimentar os materiais com que trabalha, quais as técnicas que melhor se encaixam à sua proposta de arte e como expor seu conhecimento de maneira formal no objeto artístico.
O outro elemento é o observador, que faz parte do público que tem o contato com a obra, partindo num caminho inverso ao do artista – observa a obra para chegar ao conhecimento de mundo que ela contém. Para isso o observador precisa de sensibilidade, disponibilidade para entendê-la e algum conhecimento de história e história da arte, assim poderá entender o contexto em que a obra foi produzida e fazer relação com o seu próprio contexto.
Por fim, a obra de arte ou o objeto artístico, faz parte de todo o processo, indo da criação do artista até o entendimento e apreciação do observador. A obra de arte guarda um fim em si mesma sem precisar de um complemento ou “tradução”, desde que isso não faça parte da proposta do artista.
O BELO E O FEIO – A QUESTÃO DO GOSTO
Os filósofos tentaram fundamentar a objetividade da arte e da beleza:

Para Platão, “a beleza é a única idéia que resplandece no mundo” Û por um lado reconhece o caráter sensível do belo, por outro, afirma a essencial ideal/objetiva = admite-se a existência do “belo em si” independentemente das obras individuais que “devem” se aproximar desse ideal universal.
Para o Classicismo, há dedução de regras para o fazer artístico a partir do belo ideal, fundando a estética normativa. É o objeto que passa a ter qualidades que o tornam mais ou menos agradáveis, independentemente do sujeito que as percebe.
Para os Empiristas, a beleza relativizava-se ao gosto de cada um Û aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente. O belo, portanto, não está mais no objeto, mas na condição de recepção do sujeito.
Para Kant, “o belo é aquilo que agrada universalmente”, ainda que não possa justificá-lo intelectualmente. Para ele, o objeto belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito. O princípio do juízo estético é o sentimento do sujeito e não o conceito do objeto. Belo, portanto, é uma qualidade que atribuímos aos objetos para exprimir um certo estado da nossa subjetividade. Assim, não há uma idéia de belo nem pode haver regras para produzi-los.

· Conhecimento subjetivo: é aquele que depende do ponto de vista pessoal, individual, não fundado no objeto, mas condicionado por sentimentos ou afirmações arbitrárias do sujeito.

· Conhecimento objetivo: é aquele fundado na observação imparcial, independente das preferências individuais. Conhecimento resultante da descentralização do sujeito que conhece, pelo confronto com outros pontos de vista.

Para Hegel, se introduz o conceito de história, a beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. E essa mudança depende mais da cultura e da visão de mundo vigente do que de uma exigência interna do belo.
Na Visão Fenomenológica, considera-se o belo como uma qualidade de certos objetos singulares que nos são dados à percepção. Beleza é a imanência total de um sentido ao sensível. O objeto é belo porque realiza o seu destino segundo o seu modo de ser, que carrega um significado que só pode ser percebido na experiência estética. Não existe mais a idéia de um único valor estético a partir do qual julgamos todas as obras. Cada objeto estabelece seu próprio tipo de beleza.

O FEIO – duas representações filosóficas:

A representação do “feio” ® No momento em que a arte rompe com a idéia de ser “cópia do real” e passa a ser considerada criação autônoma que tem por função revelar as possibilidades do real, ela passa a ser avaliada de acordo com a autenticidade da sua proposta e com sua capacidade de falar ao sentimento = arte como forma de pensamento.
A forma de representação “feia” ® O problema do belo e do feio é o deslocamento do assunto para o modo de representação = só haverá obras feias na medida em forem malfeitas, que não corresponderem plenamente a sua proposta, nesse sentido o “feio” não poderá ser objeto da arte = não haverá obra de arte.

A QUESTÃO DO GOSTO

A subjetividade em relação ao objeto estético precisa estar mais interessada em conhecer, entregando-se às particularidades de cada objeto, do que em preferir. Nesse sentido, ter gosto é ter capacidade de julgamento sem preconceitos;

É a própria presença da arte que forma o gosto: torna-nos disponíveis, reprime as particularidades da subjetividade, converte o particular em universal. A obra de arte nos convida a um olhar puro, livre abertura para o objeto, e o conteúdo particular a se pôr a serviço da compreensão em lugar de ofuscá-la fazendo prevalecer as suas inclinações;

A medida que o sujeito exerce a aptidão de se abrir, desenvolve a aptidão de compreender, de penetrar no mundo aberto pela obra. Gosto é a comunicação com a obra para além de todo saber e de toda a técnica. O poder de fazer justiça ao objeto estético é a via da universalidade do julgamento do gosto.

ATIVIDADE:

-Pesquisar em livros ou na internet imagens de obras de arte que para você representa o Belo e o Feio.
-O que você considera como belo? Um rosto feminino ou masculino? Um corpo saudável? Um pôr-do-sol na praia? Uma roupa que está na moda?
-Observe as imagens e indique aquelas que você julga como sendo “belas” e escreva explicando os motivos que levaram você a esse julgamento.
-Reflita sobre as questões anteriores e compare com as opiniões de seus colegas.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Vamos começar 2009 com força total!
Muitas atividades e bastante entusiasmo para
conduzirmos este ano com muita eficácia.
UM ANO CHEIO DE MUITA PAZ A TODOS!!!

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Maukie - the virtual cat