domingo, 15 de fevereiro de 2009

Funções da Arte
Você já parou para pensar porque se transforma barro em objetos, pinta-se um pedaço de tecido com tintas extraídas da natureza ou ainda requebra-se o corpo?
Andando pelas ruas de sua cidade, você passa por uma praça e vê uma escultura, em um edifício vê um mural de azulejos ou de pintura, em uma igreja vê um mosaico ou um vitral colorido. Se você é observador, sensível, com certeza gosta de ficar olhando para tudo isso. Essas formas, diferentemente dos objetos utilitários que se usa no dia-a-dia, têm função de encantar, de provocar a reflexão e admiração, de proporcionar prazer e emoção. Essas sensações são despertadas por um conjunto de elementos: a imaginação do artista, a composição, a cor, a textura, a forma, a harmonia e a qualidade da idéia.
Observamos então, que, a Arte tem diversas funções na vida do homem.
Uma das funções tem como finalidade possibilitar os processos de percepção, sensibilidade, cognição, expressão e criação fazendo que o homem se desenvolva em todos os aspectos, ela é uma função individual trabalhando com o próprio eu.
Como função social podemos perceber a arte como uma linguagem que ultrapassa a função da comunicação simples e pura, pois transmite idéias, os sentimentos e as informações que transformam as idéias, os sentimentos e as informações já existentes influenciando culturalmente o meio fazendo assim uma interação homem e sociedade.
Existe também a função ambiental cuja alfabetização estética, leva o homem a observar o meio que o cerca, reconhecendo a organização de suas formas, luzes e cores, suas harmonias e desequilíbrios, a sua estrutura natural, bem como a construída. O homem transforma a natureza com o seu trabalho.
Arte é matéria transformada, concreta, ocupa lugar no espaço.
Assim as manifestações artísticas de uma sociedade numa determinada época é a maneira como os homens nela vivem e pensam. Na roupa, nos edifícios, na literatura, estão inscritos os valores da sociedade, seus hábitos e sua mentalidade. Sendo a arte a passagem direta de uma tendência nascida de uma raça, modificados pelo clima social e pelo momento histórico, a sua função é manifestar as qualidades étnicas e psíquicas dos povos e condensar os aspectos significativos das etapas da evolução da humanidade.
Em muitas sociedades, a arte é utilizada como forma de homenagear os deuses, ou seja, está ligada à religião. Observe como as igrejas, os templos e os túmulos são locais em que a arte se manifesta em todos os tempos. Indumentárias, objetos que são usados em rituais, instrumentos musicais, adereços, imagens, completam os cenários das cerimônias religiosas.
Em outras culturas e épocas, a arte surge, independentemente de religião, unicamente como forma de expressão para quem produz, e como oportunidade de experiência especial para quem aprecia. Qualquer que seja sua direção, a arte está em toda parte e é um elemento definidor da identidade de um povo, de um grupo social e de um indivíduo. ATIVIDADE:
Represente em linguagem visual a música abaixo:
“Lindo Balão Mágico”
Guilherme Arantes
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um cientista o meu papo é futurista é lunático
Eu vivo sempre no mundo da lua
Tenho alma de artista sou um gênio sonhador e romântico
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou aventureiro e desde o meu primeiro passo no infinito
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou inteligente e se você quer vir com a gente venha que será um barato
Pegar carona nessa cauda de cometa, ver a via Láctea estrada tão bonita
Brincar de esconde,esconde numa nebulosa
Voltar pra casa nosso lindo balão azul.
Estética
Será que vale a pena mesmo iniciar essa discussão e retomar esse debate que tem ocupado filósofos e historiadores desde a Antiguidade?
Há algo de novo a dizer sobre isto? Nós acreditamos que sim, afinal vivemos numa época em que as questões de estética -da natureza e dos valores do belo- estão na ordem do dia. Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural por um cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e principalmente imagens. E, se temos que conviver diariamente com essa produção infinita, melhor será aprendermos a avaliar essa paisagem, sua função, sua forma e seu conteúdo, o que exige
o uso de nossa sensibilidade estética. Só assim poderemos deixar de ser observadores passivos para nos tornarmos espectadores críticos, participantes e exigentes.
Além disso, as atividades profissionais da atualidade exigem cada vez mais um certo conhecimento geral do mundo e uma sensibilidade aguçada para entendê-lo. O campo das Artes se abre e invade o espaço das mais diversas atividades.
Para se ter uma idéia da amplitute das novidades que as questões de arte enfrentam hoje, é preciso mencionar que as novas teorias psicológicas sobre a inteligência humana mostram que ela é muito mais complexa do que se pensava. Além da capacidade de raciocínio lógico que sempre caracterizou nossa inteligência, descobriu-se também que uma de nossas habilidades inteligentes pode ser medida pela sensibilidade em relação ás cores, aos sons e as imagens e pela capacidade de nos expressarmos por meio desses elementos.
Mesmo com certas limitações, o homem é o único ser na terra que tem capacidade estética e daí se infere que a apreciação da beleza é uma experiência somente humana. A natureza em si mesma não é nem feia nem bonita. Ela apenas existe. O homem quando contempla uma paisagem, uma planta, uma flor ou uma aurora admira sua organização, sua exatidão, as leis que a regem, de acordo com sua evolução intelectual e a elas, de certa maneira, se incorpora. Esta inserção é o que chamamos de estética.
O prazer que produz a contemplação das coisas naturais é a “emoção” estética. Podemos combinar ou reunir coisas naturais, criando uma obra artística, mas o belo nessa composição é fruto de nossa participação.
§ O que caracteriza a Estética não é simplesmente o estudo do Belo. Os filósofos antigos trataram do assunto, empregando a noção de Beleza. Mais próxima do sentimento do que da razão a visão interior constitui, para Addison (1672-1719), uma faculdade inata, específica, que é privilégio da espécie e que permite ao homem deleitar-se com o reconhecimento do belo. Mas o que é então, o Belo?
É uma sensação de prazer ao olharmos um objeto, uma tela, ao ouvirmos uma música, ou uma cena teatral nos desperta esse tipo de emoção que podemos denominá-la de manifestação artística.
O prazer do belo depende também de nosso estado de espírito. Se estamos alegres, ficamos mais sensíveis ás obras de arte que nos transmitem alegria. Se, ao contrário, estamos tristes, nos emocionamos mais com as músicas ou imagens que parecem estar sintonizadas conosco, reproduzindo nosso humor ou nossas emoções.
A beleza não é um valor universal, o que é belo para você pode não ser para o outro, de outra idade, outra cultura, outro sexo ou outro temperamento. Aquilo que o emociona num determinado dia, pode não parecer tão belo alguns dias depois, quando você estiver com outro estado de espírito, ou tiver visto ou ouvido outras coisas.
A melhor maneira de se apreciar a arte, é estar atento para o prazer que ela dá e tentar perceber o que o causa e de onde vem esse prazer. Tornamo-nos então conscientes da beleza e daquilo com o que nos identificamos cultural e emocionalmente, isto é, tornamo-nos conscientes do nosso gosto.
A própria História da Arte, procurando definir os diversos movimentos estéticos , tem posto em evidência a variabilidade dos princípios estéticos e das tendências dos artistas de uma época para outra.
É preciso, portanto, que o público se deixe emocionar e aprenda a distinguir o que aprecia e por quê. Além disso, se compreendermos que cada um tem sua sensibilidade, não ficaremos escandalizados com as preferências do outro e aprenderemos a respeitar os gostos que são diferentes.
Dê uma definição de Estética:
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Crítica
Em jornalismo, crítica é uma função de comentário sobre determinado tema, geralmente da esfera artística ou cultural, com o propósito de informar o leitor sob uma perspectiva não só descritiva, mas também de avaliação.
A crítica é feita pelo crítico, jornalista ou profissional especializado da área, que entra em contato com o produto a ser criticado e redige matérias ou artigos apresentando uma valoração do objeto analisado. Em geral, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas também deve apresentar descrição de aspectos objetivos que dêem sustentação a seus argumentos.
Críticos costumam encerrar suas matérias atribuindo notas ou conceitos (como estrelas, pontos ou bonequinhos) ao produto criticado.
Normalmente, empresas que produzem ou comercializam esses produtos oferecem-nos gratuitamente ao crítico e o convidam a escrever comentários e matérias sobre os mesmos. Não é raro, porém, que estas companhias tentem cooptar o crítico para obter avaliações positivas, às vezes ofertando presentes e outras barganhas ao jornalista, o que envolve uma questão ética por parte dos profissionais envolvidos. O tipo mais comum de crítica é a Crítica Cultural, embora a rigor haja também críticas a todo tipo de produto ou serviço disponibilizado ao público. De acordo com sua credibilidade e com o grau de fervorosidade com que elogiam ou depreciam uma obra, críticos podem alavancar ou destruir carreiras de muitos profissionais.
Extraídas do “Citador!, uma pequena seleção de citações sobre Crítica de Arte.
Pensar antes de falar é o lema do crítico. Falar antes de pensar é o lema do criador
Fonte: “Two Cheers for Democracy”
Autor: Forster,Edward
Um crítico é alguém que conhece a Estrada mas não sabe conduzir
Autor:Tynan,Katherine Os críticos freqüentemente são pessoas que teriam sido poetas, historiadores, biógrafos, etc., se tivessem podido: colocaram o seu talento à prova aqui e ali e não conseguiram. Sendo assim, tornaram-se críticos
Fonte: “Lectures on Shakespeare and Milton”
Autor: Coleridge, Samuel
Será mais fácil criticar a minha obra do que imitá-la
Fonte: “citado em Plínio, o Velho< História Natural” Autor:Zéuxis De todos os ressentimentos, creio que o maior seja aquele de um homem que saiba fazer a sua arte com perfeição e seja censurado e avaliado por quem não sabe absolutamente nada Fonte: “ L’Osservatore Veneto Autor: Gozzi, Gaspar A crítica de arte foi se desenvolvendo enquanto os homens aprendiam a explorar e a utilizar a sua percepção estética, que esteve sempre relacionada de alguma maneira a julgamentos do tipo “gostei”, “não gostei”, “é belo”... Isso vale tanto para o julgamento subjetivo do público em geral como para a crítica profissional especializada. Foi na Grécia, por volta do século III a.C., que surgiram os primeiros estudos sobre estética e arte, procurando orientar e educar artistas e público. Era uma crítica de caráter filosófico, que buscava explicar a natureza do fazer artístico e ao mesmo tempo, estabelecer as regras da boa arte. A crítica de arte é importante por provocar uma convergência de gostos e critérios de apreciação artística, fazendo com que certos aspectos pessoais e subjetivos se tornem coletivos à medidas que passem a ser compartilhados. Os comentários do outro sempre ajudam o desenvolvimento de nossa sensibilidade, chamando a atenção muitas vezes para elementos novos e diferentes, quer concordemos com eles ou não. Cada crítico terá um julgamento particular de uma obra, é seu direito e dever de profissão, pois os critérios são diferentes, mas o verdadeiro crítico de arte saberá que a finalidade da arte é a beleza. Só ela agrada internacionalmente. Lionello Venturi, estudioso de crítica de arte, afirma que “uma preferência é sempre o começo de uma crítica”. Essa preferência, essa atitude crítica, é justamente a expressão dos sentimentos que nos despertam a obra de arte, elemento indispensável da fruição estética.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009


ENTENDENDO A ARTE
O QUE É A ARTE?
Para que serve a Arte? O que significa? Que contribuições traz?
Para alguns, a arte concretiza-se na música que gostam de ouvir, tocar ou cantar; na dança que os faz felizes; na personagem com a qual se identificam, em uma peça de teatro; na pintura, na produção plástica que elaboram; na imagem na qual seus olhos passeiam e os leva a dialogar com o que estão vendo; na fruição, na apreciação das manifestações artísticas de que gostam. Para outros, talvez signifique algo que não consigam expressar e talvez até não signifique nada.
Poderíamos definir a palavra arte como “manifestação da atividade humana por meio da qual se expressa uma visão pessoal e desinteressada que interpreta o real ou o imaginário com recursos plásticos, lingüísticos ou sonoros”.O mundo da Arte é concreto e vivo podendo ser observado, compreendido e apreciado.
Através da experiência artística o ser humano desenvolve sua imaginação e criação aprendendo a conviver com seus semelhantes, respeitando as diferenças e sabendo modificar a sua realidade.
A arte dá e encontra forma e significado como instrumento de vida na busca do entendimento de quem somos, onde estamos e o que fazemos no mundo.
O ser humano sempre procurou representar, por meio de imagens, a realidade em que vive( pessoas, animais, objetos e elementos da natureza), e os seres que imagina – divindades, por exemplo. As Artes Visuais, desenho, pintura, grafite, escultura, etc. – a literatura, a música, a dança e o teatro são formas de expressão que constituem a arte.
A arte é uma criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc.
Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Atualmente alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra.


Pensando sobre Arte - Responda:

-Você sabe o que é arte e para que ela serve? Fale sobre o tema!
-Você vive rodeado de imagens. Olhando uma imagem você já ficou na dúvida se ela era ou não uma obra de Arte? Qual era essa imagem?
-Você sabe diferenciar um cartaz de peça de teatro com uma pintura em tela como sendo Arte?
-Em sua casa, procure em revistas, recorte e faça uma colagem de imagens que você considera como sendo Arte.

Para podermos responder a muitas perguntas sobre o assunto devemos, antes de mais nada, saber que Arte é conhecimento.

As primeiras expressões artísticas
As mais antigas figuras feitas pelo ser humano foram desenhadas em paredes de rocha, sobretudo em cavernas. Esse tipo de arte é chamado de rupestre, do latim rupes, rocha. Já foram encontradas imagens rupestres em muitos locais, mas as mais estudadas são as das cavernas de Lascaux e Chauvet, França, de Altamira, Espanha, de Tassili, na região do Saara, África, e as do município de São Raimundo Nonato, no Piauí, Brasil.
Dentre as pinturas rupestres destacam-se as chamadas mãos em negativo e os desenhos e pinturas de animais. As mãos em negativo são um dos primeiros registros deixados pelos nossos ancestrais que viveram por volta de 30 mil anos atrás, no período da Pré-História chamado de Paleolítico.
Nos desenhos e pinturas de animais, chama nossa atenção o naturalismo: o artista pintava o animal do modo que ele o via, reproduzindo a natureza tal qual seus olhos a captavam.
Conhecendo mais sobre a Arte:
Dentre os possíveis e variados conceitos que a arte pode ter podemos sintetizá-los do seguinte modo – a arte é uma experiência humana de conhecimento estético que transmite e expressa idéias e emoções na forma de um objeto artístico (desenho, pintura, escultura, arquitetura, etc.)e que possui em si o seu próprio valor. Portanto, para apreciarmos a arte é necessário aprender sobre ela. Aprender a observar, a analisar, a refletir, a criticar e a emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos, materiais e modos diferentes de fazer arte.
Quem faz a arte?
O homem criou objetos para satisfazer as necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Porque o mundo necessita de Arte?
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo (naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a história, para ser usada na cura de doenças e para ajudar a explorar o mundo.
Como entendemos a Arte?
O que vemos quando admiramos uma arte depende de nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.
Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?
Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde e como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo teve.
Para existir a arte são precisos três elementos: o artista, o observador e a obra de arte.
O primeiro elemento é o artista, aquele que cria a obra, partindo do seu conhecimento concreto, abstrato e individual transmitindo e expressando suas idéias, sentimentos, emoções em um objeto artístico (pintura, escultura, desenho etc) que simbolize esses conceitos. Para criar a obra o artista necessita conhecer e experimentar os materiais com que trabalha, quais as técnicas que melhor se encaixam à sua proposta de arte e como expor seu conhecimento de maneira formal no objeto artístico.
O outro elemento é o observador, que faz parte do público que tem o contato com a obra, partindo num caminho inverso ao do artista – observa a obra para chegar ao conhecimento de mundo que ela contém. Para isso o observador precisa de sensibilidade, disponibilidade para entendê-la e algum conhecimento de história e história da arte, assim poderá entender o contexto em que a obra foi produzida e fazer relação com o seu próprio contexto.
Por fim, a obra de arte ou o objeto artístico, faz parte de todo o processo, indo da criação do artista até o entendimento e apreciação do observador. A obra de arte guarda um fim em si mesma sem precisar de um complemento ou “tradução”, desde que isso não faça parte da proposta do artista.
O BELO E O FEIO – A QUESTÃO DO GOSTO
Os filósofos tentaram fundamentar a objetividade da arte e da beleza:

Para Platão, “a beleza é a única idéia que resplandece no mundo” Û por um lado reconhece o caráter sensível do belo, por outro, afirma a essencial ideal/objetiva = admite-se a existência do “belo em si” independentemente das obras individuais que “devem” se aproximar desse ideal universal.
Para o Classicismo, há dedução de regras para o fazer artístico a partir do belo ideal, fundando a estética normativa. É o objeto que passa a ter qualidades que o tornam mais ou menos agradáveis, independentemente do sujeito que as percebe.
Para os Empiristas, a beleza relativizava-se ao gosto de cada um Û aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente. O belo, portanto, não está mais no objeto, mas na condição de recepção do sujeito.
Para Kant, “o belo é aquilo que agrada universalmente”, ainda que não possa justificá-lo intelectualmente. Para ele, o objeto belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito. O princípio do juízo estético é o sentimento do sujeito e não o conceito do objeto. Belo, portanto, é uma qualidade que atribuímos aos objetos para exprimir um certo estado da nossa subjetividade. Assim, não há uma idéia de belo nem pode haver regras para produzi-los.

· Conhecimento subjetivo: é aquele que depende do ponto de vista pessoal, individual, não fundado no objeto, mas condicionado por sentimentos ou afirmações arbitrárias do sujeito.

· Conhecimento objetivo: é aquele fundado na observação imparcial, independente das preferências individuais. Conhecimento resultante da descentralização do sujeito que conhece, pelo confronto com outros pontos de vista.

Para Hegel, se introduz o conceito de história, a beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. E essa mudança depende mais da cultura e da visão de mundo vigente do que de uma exigência interna do belo.
Na Visão Fenomenológica, considera-se o belo como uma qualidade de certos objetos singulares que nos são dados à percepção. Beleza é a imanência total de um sentido ao sensível. O objeto é belo porque realiza o seu destino segundo o seu modo de ser, que carrega um significado que só pode ser percebido na experiência estética. Não existe mais a idéia de um único valor estético a partir do qual julgamos todas as obras. Cada objeto estabelece seu próprio tipo de beleza.

O FEIO – duas representações filosóficas:

A representação do “feio” ® No momento em que a arte rompe com a idéia de ser “cópia do real” e passa a ser considerada criação autônoma que tem por função revelar as possibilidades do real, ela passa a ser avaliada de acordo com a autenticidade da sua proposta e com sua capacidade de falar ao sentimento = arte como forma de pensamento.
A forma de representação “feia” ® O problema do belo e do feio é o deslocamento do assunto para o modo de representação = só haverá obras feias na medida em forem malfeitas, que não corresponderem plenamente a sua proposta, nesse sentido o “feio” não poderá ser objeto da arte = não haverá obra de arte.

A QUESTÃO DO GOSTO

A subjetividade em relação ao objeto estético precisa estar mais interessada em conhecer, entregando-se às particularidades de cada objeto, do que em preferir. Nesse sentido, ter gosto é ter capacidade de julgamento sem preconceitos;

É a própria presença da arte que forma o gosto: torna-nos disponíveis, reprime as particularidades da subjetividade, converte o particular em universal. A obra de arte nos convida a um olhar puro, livre abertura para o objeto, e o conteúdo particular a se pôr a serviço da compreensão em lugar de ofuscá-la fazendo prevalecer as suas inclinações;

A medida que o sujeito exerce a aptidão de se abrir, desenvolve a aptidão de compreender, de penetrar no mundo aberto pela obra. Gosto é a comunicação com a obra para além de todo saber e de toda a técnica. O poder de fazer justiça ao objeto estético é a via da universalidade do julgamento do gosto.

ATIVIDADE:

-Pesquisar em livros ou na internet imagens de obras de arte que para você representa o Belo e o Feio.
-O que você considera como belo? Um rosto feminino ou masculino? Um corpo saudável? Um pôr-do-sol na praia? Uma roupa que está na moda?
-Observe as imagens e indique aquelas que você julga como sendo “belas” e escreva explicando os motivos que levaram você a esse julgamento.
-Reflita sobre as questões anteriores e compare com as opiniões de seus colegas.

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Maukie - the virtual cat